quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Crítica: Distrito 9 | Receita do Sucesso

 

Crítica: Distrito 9 | Receita do Sucesso

Quando anunciaram “Distrito 9″ (District 9) e começaram a surgir os primeiros trailers, criou-se uma expectativa enorme em cima dele, inclusive em mim. Mas vou te falar, antes mesmo de iniciar essa crítica, que o filme não me agradou. Assista ao trailer.

Distrito 9

Vou explicar porque, mas antes, leia a sinopse oficial: “Os alienígenas chegam à Terra como refugiados e se instalam em uma área da África do Sul, o “Distrito 9″, enquanto os humanos decidem o que fazer com eles. A Multi-National United (MNU) é uma empresa contratada para controlar os alienígenas e mantê-los em campos de concentração e deseja receber imensos lucros para fabricar armas que tenham como “matéria-prima” as defesas naturais dos extraterrestres”.

Quando escrevi o post dos filmes mais aguardados do segundo semestre de 2009, apontei este como um dos mais esperados por mim, inclusive, selecionando uma imagem de divulgação dele para ilustrar o artigo. Que decepção.

O filme sempre foi apresentado como um documentário “fake”, o que é uma maneira bem interessante de contar uma ficção científica. E é assim que ele começa, tentando mostrar uma perspectiva bem real do que aconteceria numa situação dessa. Porém, logo aparece o personagem principal Wikus Van De Merwe (Sharlto Copley) que, todo atrapalhado, dá um toque de humor à tensão política e social apresentada na trama. Então você pensa por alguns minutos: “bacana, vai ser um filme com momentos de humor, leve”.

 

De repente, “Distrito 9″ toma a forma de uma ficção científica ordinária, e o tom sério enfim toma conta da projeção. Seguindo em frente, o filme toma outra forma, de uma ação desenfreada, até chegar a níveis absurdos (foi a melhor definição que achei), no seu clímax.

No fim, parece que “lembraram” da proposta de ser um “documentário” e retomaram essa narrativa nos minutos finais, para terminar o filme sem nenhum sentido. E quando falo sem nenhum sentido, não é apenas aquela estratégia muito usada para deixar margem a uma continuação. Ele termina de forma escrota, mesmo.

Concluindo, é um filme que não se decidiu sobre a forma que  ele queria ser apresentado. Eles pegaram uma premissa super inteligente, envolvendo questões como apartheid e tudo mais, para em seguida transformar tudo num sci-fi pervertido e insano. Tenho certeza que eu iria gostar dele, se eles tivessem escolhido apenas um dos elementos do filme e implementado do começo ao fim, seja a ação, o “documentário”, ou até mesmo o humor. Mas como ficou tudo junto e misturado, não recomendo.

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